sexta-feira, dezembro 5, 2025
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Com 49 estupros até setembro, Caraguá amplia assistência às mulheres vítimas de violência

Parceria entre Assistência Social, entidades e órgãos de segurança cria rede de atendimento para combater violência contra mulheres

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Tempo de leitura: 2 min

Nayara Francesco
Litoral Norte

Caraguatatuba somou 49 estupros entre janeiro e setembro deste ano. Deste total, 39 são casos de estupro de vulnerável, segundo a secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, responsável pelo levantamento. Nas demais cidades do Litoral Norte, São Sebastião registrou 30 ocorrências, Ubatuba 36 e Ilhabela 27.

Em Caraguá, o atendimento às mulheres vítimas de violência é realizado por meio de uma rede de atendimento, organizado pela secretaria de Assistência Social. A Casa de Acolhimento Provisório para Mulheres em Situação de Violência Doméstica é um dos pilares dessa rede.

O secretário de Assistência Social, Arthur Brulher, pontuou o fortalecimento contínuo das políticas públicas no apoio às mulheres que sofrem algum tipo de ataque. “Nosso alvo é buscar sempre a garantia de direitos e a proteção dessas mulheres que representam muito mais do que apenas elas, famílias e filhos estão ali também sendo alcançados quando cuidamos e trabalhamos em favor da política de proteção e garantias de direitos da mulher”.

O trabalho em Caraguá é articulado com outros serviços da rede de proteção, como o Ciam (Centro Integrado de Atendimento à Mulher), responsável pelo atendimento técnico e, com órgãos de segurança como a DDM (Delegacia de Defesa à Mulher) e a GCM (Guarda Civil Municipal).

Ainda de acordo com a SSP, no interior do estado, a cada hora, duas mulheres sofrem violência doméstica. Os registros de lesão corporal dolosa, somados, chegam a 27.785 boletins de ocorrência em todo o interior paulista.

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2025, trabalho realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (organização não-governamental, apartidária e sem fins lucrativos) pontua que falar sobre violência de gênero é falar do fenômeno marcado pela subnotificação. “Enquanto sociedade, por mais que estejamos gradualmente rompendo com a normalização dessas violências – especialmente entre mulheres, movimentos feministas e alguns setores do poder público -, ainda enfrentamos uma cultura que muitas vezes trata a violência contra a mulher como natural, no pior sentido que esta palavra poderia ter nesse contexto, isto é: como algo que decorre da ordem regular das coisas”, apontam as pesquisadoras Isabella Matosinhos e Amanda Lagreca.

Os canais de denúncias de violência contra a mulher em Caraguatatuba são compostos pela Central de Atendimento à Mulher pelo número 180, disponível 24 horas, gratuitamente. O atendimento também pode ser acionado pelos números 190, da Polícia Militar, 153, da Guarda Civil Municipal, além do atendimento presencial na DDM, localizada na rua Fernando Costa, nº 62, no bairro Sumaré, ou ainda no Ciam, na avenida Luiz Cláudio do Prado, nº 400, no Indaiá.

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